Trabalhadores terão reajuste salarial em São Paulo

A paralisação dos trabalhadores da construção civil de São Paulo, no dia 27 de abril, acelerou as negociações de reajustes salariais. Os presidentes do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), Sérgio Watanabe, e do Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo), Antônio Ramalho, assinaram no dia seguinte acordo para aumento dos salários e outros benefícios.

Os reajustes passarão a valer a partir de 1° de maio. Entre as reivindicações dos trabalhadores estava o aumento de salário da ordem de 5,5%. Para os salários de até R$ 2,5 mil, o reajuste foi de 6,74%. Já na faixa salarial entre R$ 2,5 mil e R$ 4,5 mil, o acréscimo atingiu os 5,5%. Os salários acima de R$ 5 mil sofreram o menor reajuste, de 3%.

Os trabalhadores sem formação profissional (servente, contínuo, vigia, auxiliares) passarão a receber R$ 767,80 por mês ou R$ 3,49 por hora, para 220 horas mensais. Já para os capacitados (pedreiro, armador, carpinteiro, pintor, gesseiro), o valor é de R$ 917,40 por mês ou R$ 4,17 por hora para o mesmo número de horas.

A cesta básica passou de 30 quilos para 36 quilos e haverá acréscimos de produtos. O vale-refeição foi mantido em R$ 10,50. Os trabalhadores reivindicavam uma cesta de 40 quilos e vales de R$ 20,00. As empresas também passarão a fornecer protetor solar aos trabalhadores expostos ao sol. O grau de proteção deverá ser indicado pelo médico do trabalho nos exames médicos admissionais ou periódicos.

O valor das horas extras, as exigências para a contratação de subempreiteiros, o banco de horas, a possibilidade de contratação de seguro de vida, e a possibilidade de opção pelo plano de saúde do Seconci-SP (Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo) foram mantidos. O acordo atinge os municípios de São Paulo, Itapecerica da Serra, Taboão da Serra, Embu, Embu Guaçu, Francisco Morato, Mairiporã, Caieiras, Juquitiba e São Lourenço da Serra.

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